30.12.10

Grandes discursos: Ronald Reagan - Tempo de Escolha (27/10/1964)


Reagan : Obrigado. Muito Obrigado. Obrigado e boa noite. O patrocinador foi identificado, mas ao contrário da maioria dos programas de televisão, não foi providenciado um script para o artista. Na verdade, foi permitido que eu escolhesse as minhas próprias palavras e discutir minhas próprias ideias sobre a escolha que enfrentaremos nas próximas poucas semanas.


Passei a maior parte da minha vida como um Democrata. Recentemente, senti a necessidade de seguir outro rumo. Eu acredito que as questões que nos confrontam ultrapassam as linhas partidárias. Agora, um lado dessa campanha está nos dizendo que as questões desta eleição são a manutenção da paz e da prosperidade. A frase vem sendo utilizada, "Nós nunca estivemos tão bem".

Mas eu tenho uma sensação incômoda de que essa prosperidade não é algo em que possamos basear as nossas esperanças para o futuro. Nenhuma nação na história jamais sobreviveu a uma carga tributária que atingiu um terço da renda nacional. Hoje, de cada dólar ganho neste país 37 centavos são da fatia do Leão, e, ainda assim, o nosso governo continua a gastar 17 milhões de dólares por dia a mais do que arrecada. Nós não temos o nosso orçamento equilibrado em 28 dos últimos 34 anos. Nós aumentamos nosso limite da dívida em três vezes nos últimos 12 meses, e agora a nossa dívida nacional é uma vez e meia maior do que todas as dívidas combinadas de todas as nações do mundo. Nós temos 15 bilhões de dólares em ouro em nosso tesouro; não somos donos de nenhum grama. Nossa dívida externa em dólares é de 27,3 bilhões de dólares. E nós acabamos de anunciar que o dólar de 1939 vai agora comprar 45 centavos de dólar de seu valor total.

Em relação à paz que queremos preservar, eu me pergunto quem de nós gostaria de abordar a esposa ou o marido ou a mãe cujo filho morreu no Vietnã do Sul e lhes perguntar se acham que essa é uma paz que deve ser mantida indefinidamente. Eles querem dizer paz, ou só querem ser deixados em paz? Não pode haver paz real, enquanto um norte-americano está morrendo em algum lugar do mundo por nossa causa. Estamos em guerra com o inimigo mais perigoso que a humanidade já enfrentou em sua longa escalada do pântano até as estrelas, e é dito que se nós perdermos a guerra, e ao fazê-lo perdermos essa nossa forma de liberdade, a história registrará com a maior surpresa que aqueles que tinham mais a perder foram os que menos fizeram para evitar sua ocorrência. Bem, eu acho que é hora de nos perguntarmos se ainda sabemos as liberdades que nos foram destinadas pelos Pais Fundadores.

Não muito tempo atrás, dois amigos meus estavam conversando com um refugiado cubano, um empresário que tinha escapado de Castro, e no meio da sua história um dos meus amigos se virou para o outro e disse: "Nós não sabemos a sorte que temos." E o cubano parou e disse: "A sorte que vocês têm? Eu tinha um lugar para onde fugir." E nessa frase ele nos contou toda a história. Se perdemos a liberdade aqui, não há nenhum lugar para onde fugir. Este é o último lugar na Terra.

E essa ideia de que o governo está em dívida com o povo, que não tem outra fonte de poder, exceto o povo soberano, é ainda a ideia mais original e mais nova de toda a longa história da relação do homem com o homem.

Este é o tema desta eleição: se acreditamos em nossa capacidade de auto-governo, ou se nós abandonamos a revolução americana e confessamos que uma pequena elite intelectual em um capital muito distante pode planejar nossas vidas para nós melhor do que nós podemos planejá-la nós mesmos.
Cada vez mais nos é dito que temos que escolher entre esquerda ou direita. Bem, eu gostaria de sugerir que não há tal coisa como direita ou esquerda. Há apenas um acima ou abaixo: [acima] o antigo sonho, o ultimato em liberdade individual de acordo com a lei e a ordem; ou abaixo até o formigueiro do totalitarismo. E, independentemente da sinceridade deles, de suas motivações humanitárias, aqueles que teriam trocado nossa liberdade por segurança têm enveredado por este caminho descendente.

Nesta época de colheita de votos, eles usam termos como "a Grande Sociedade" (Great Society), ou como nos foi dito há poucos dias pelo Presidente, temos de aceitar uma maior atividade do governo nos assuntos do povo. Mas eles foram um pouco mais explícitos no passado e entre si; e todas as coisas que eu citarei agora apareceram na imprensa. Estas não são acusações republicanas. Por exemplo, eles têm vozes que dizem: "A guerra fria vai acabar com a nossa aceitação de um socialismo não democrático." Outra voz diz: "A motivação pelo lucro tornou-se obsoleta. Ele deve ser substituído pelos incentivos do Estado de Bem-estar social". Ou, "Nosso sistema tradicional de liberdade individual é incapaz de resolver os problemas complexos do século 20." O Senador Fulbright, na Universidade de Stanford, disse que a Constituição é ultrapassada. Ele se referiu ao presidente como "o nosso professor de moral e nosso líder", e diz que é "prejudicado na sua missão pelas restrições ao poder que lhe são impostas por este documento antiquado." Ele deve ser "libertado", de modo que ele "possa fazer por nós" o que ele sabe "ser melhor." E o senador Clark da Pensilvânia, outro porta-voz articulado, define o liberalismo como "satisfazer as necessidades materiais das massas através do poder do governo central."

objetivo. Eles também sabiam, os Pais Fundadores, que fora de suas funções legítimas, o governo não faz nada tão bem ou de maneira tão econômica como o setor privado da economia.

Agora, não temos melhor exemplo disso do que o envolvimento do governo na economia agrícola nos últimos 30 anos. Desde 1955, o custo desse programa praticamente dobrou. Um quarto da atividade agrícola nos Estados Unidos é responsável por 85% do excedente de produção. Três quartos da agricultura estão no livre mercado e conheceram um aumento de 21% no consumo per capita de todos os seus produtos. Vejam que um quarto da agricultura - que é regulada e controlada pelo governo federal. Nos últimos três anos nós gastamos 43 dólares no programa de cereais para alimentação para cada dólar de alqueire de milho que não produzimos.

O senador Humphrey semana passada acusou Barry Goldwater de, como presidente, pretender eliminar os agricultores. Ele deveria fazer seu dever de casa um pouco melhor, porque vai descobrir que tivemos uma queda de 5 milhões na população rural no âmbito desses programas do governo. Ele também vai descobrir que a administração democrata tem procurado obter do Congresso [um] a extensão do programa agrícola para incluir os três quartos que agora estão livres. Ele vai descobrir que eles também pediram o direito de aprisionar os agricultores que não mantivessem livros caixa, conforme prescrito pelo governo federal. O secretário da Agricultura pediu o direito de confiscar fazendas pela condenação, e revendê-las a outros indivíduos. E contida no mesmo programa estava uma medida que teria permitido ao governo federal remover 2 milhões de agricultores do solo.

Ao mesmo tempo, tem havido um aumento no número de funcionários do Departamento de Agricultura. Há agora um para cada 30 fazendas nos Estados Unidos, e ainda não podem nos dizer como 66 carregamentos de grãos com destino a Áustria desapareceram sem deixar rasto e Billie Sol Estes nunca deixou a costa.

Cada agricultor responsável e organização agrícola tem repetidamente pedido ao governo para liberar a economia agrícola, mas como - quem são os produtores para saber o que é melhor para eles? Os produtores de trigo votaram contra um programa de trigo. O governo o aprovou mesmo assim. Agora o preço do pão sobe; o preço do trigo ao produtor cai.

Enquanto isso, lá na cidade, no âmbito da renovação urbana o ataque à liberdade continua. Direitos de propriedade privada [estão] tão diluídos que o interesse público é quase tudo o que poucos planejadores do governo decidirem que deva ser. Em um programa que tira das pessoas carentes e dá aos gananciosos, vemos espetáculos como em Cleveland, Ohio, um prédio de um milhão e meio dólares concluído há apenas três anos deve ser destruído para dar lugar ao que funcionários do governo chamam de "uso mais compatível da terra." O presidente nos disse que ele agora vai iniciar a construção de unidades habitacionais públicas na casa dos milhares, enquanto até agora nós só as construíamos na casa das centenas. Mas a FHA [Federal Housing Authority - Autoridade Federal de Habitação] e a Administração dos Veteranos nos dizem que têm 120 mil unidades habitacionais que tomaram de volta através da execução hipotecária. Por três décadas, temos procurado resolver os problemas do desemprego por meio do planejamento do governo, e quanto mais os planos falham, mais os planejadores planejam. O mais recente é a Agência de Redesenvolvimento de Áreas.

Eles acabaram de declarar que o condado de Rice, no Kansas, é uma área deprimida. O Condado de Rice, no Kansas, tem duzentos poços de petróleo, e as 14.000 pessoas de lá têm mais de 30 milhões de dólares em depósito na poupança pessoal nos seus bancos. E quando o governo diz que você está deprimido, deite e fique deprimido.

Nós temos tantas pessoas que não podem ver um homem gordo de pé ao lado de um magro sem chegar à conclusão de que o homem gordo só ficou assim, aproveitando-se do magro. Então eles vão resolver todos os problemas da miséria humana através do governo e do planejamento do governo. Bem, agora, se o planejamento de governo e a Previdência tivessem a resposta - e tiveram quase 30 anos dela - não deveríamos esperar que o governo lesse o placar para nós de vez em quando? Eles não deveriam estar nos dizendo sobre a diminuição a cada ano do número de pessoas precisando de ajuda? A redução da necessidade de habitação pública?
Mas o inverso é verdadeiro. A cada ano a necessidade cresce cada vez mais; o programa cresce mais. Fomos informados que há quatro anos atrás, 17 milhões de pessoas iam para a cama com fome todas as noites. Bem, isso provavelmente era verdade. Eles estavam todos em uma dieta. Mas agora estamos sendo informados de que 9,3 milhões de famílias nesse país são atingidas pela pobreza, tendo como base um ganho menor que 3.000 dólares por ano. Gastos sociais [são] 10 vezes maiores do que nas escuras profundezas da Depressão. Estamos gastando 45 bilhões de dólares em gastos sociais. Agora, façamos um pouco de aritmética, e você verá que se dividirmos 45 bilhões de dólares igualmente entre as 9 milhões de famílias pobres, seríamos capazes de dar para cada família 4,6 mil dólares por ano. E isso somado à sua renda atual eliminaria a pobreza. A ajuda direta aos pobres, no entanto, chega apenas a cerca de 600 dólares por família. Parece que em algum lugar deve haver alguma sobrecarga.

Agora - então agora nós declaramos " guerra contra a pobreza ", ou "Você também, pode ser um Bobby Baker." Agora, eles honestamente esperam que nós acreditemos que, se somarmos 1 bilhão de dólares aos 45 bilhões que estamos gastando, mais um programa aos cerca de 30 que já temos - e lembre-se, esse novo programa não substitui nenhum, apenas duplica programas já existentes - eles acreditam que a pobreza irá, de repente, desaparecer num passe de mágica? Bem, com toda a justiça, devo explicar que há uma parte do novo programa que não é duplicada. É a questão da juventude. Agora resolveremos o problema do abandono escolar, da delinquência juvenil através da reintrodução de algo parecido com os antigos campos CCC[Corporações de Conservação Civill] e vamos colocar os nossos jovens nesses campos. Mas, novamente, façamos um pouco de aritmética e descobriremos que vamos gastar a cada ano, só em casa e comida para cada jovem que ajudarmos, 4.700 dólares. Podemos enviá-los para Harvard por 2700! Naturalmente, não me interpretem mal. Não estou sugerindo que Harvard seja a resposta para a delinquência juvenil.
Mas, falando sério, o que estamos fazendo para aqueles que procuram ajuda? Não muito tempo atrás, um juiz me chamou aqui em Los Angeles. Ele me falou de uma jovem que tinha o procurado para pedir um divórcio. Ela teve seis filhos, estava grávida de seu sétimo. Sob o seu interrogatório, ela revelou que o seu marido era um trabalhador que ganhava 250 dólares por mês. Ela queria o divórcio para obter um aumento de 80 dólares. Ela é elegível para receber 330 dólares por mês no programa de Auxílio às Crianças Dependentes. Ela teve a ideia de duas mulheres em seu bairro, que já haviam feito essa mesma coisa.
No entanto, quando você e eu questionamos os esquemas dos benfeitores, somos denunciados como sendo contra os seus objetivos humanitários. Eles dizem que somos sempre "contra" as coisas - nós nunca somos "a favor" de qualquer coisa.
Bem, o problema com os nossos amigos liberais não é que eles sejam ignorantes; só que eles sabem de muita coisa que não é verdade.
Agora - nós somos a favor de uma proteção para que a destituição não siga o desemprego em razão da idade avançada, e para isso nós aceitamos a Previdência Social como um passo em direção à resolução do problema.

Mas nós somos contra aqueles a quem foi confiado esse programa quando praticam o ludibrio a respeito dos seus problemas fiscais, quando afirmam que qualquer crítica ao programa significa que queiramos acabar com os pagamentos às pessoas que dele dependem para seu sustento. Eles o tem chamado de "seguro" em uma centena de milhão de obras literárias. Mas então eles compareceram diante da Suprema corta e testemunharam que era um programa social. Eles só usam o termo "seguro" para vendê-lo ao povo. E disseram que as tarifas da Previdência Social são um imposto para o uso geral do governo, e o governo tem usado esse imposto. Não há nenhum fundo, porque Robert Byers, diretor atuarial, compareceu perante uma comissão do Congresso e admitiu que a Previdência Social nesse momento está 298 bilhões de dólares no buraco. Mas ele disse que não há motivo para preocupação, porque enquanto tiverem o poder de tributar, sempre poderão tirar do povo o que for necessário para socorrê-los dos problemas. E eles estão fazendo exatamente isso.
Um jovem de 21 anos de idade, recebendo um salário médio - a sua contribuição previdenciária que, no mercado aberto, compraria uma apólice de seguro que garantiria 220 dólares por mês aos 65 anos. O governo promete 127. Ele poderia viver sem seguro até completar 31 anos e, em seguida, contratar uma apólice que pagaria mais do que a Previdência Social. Agora estamos tão carentes de sentido para os negócios que não podemos colocar esse programa em uma base razoável para que as pessoas que precisam desses pagamentos descubram que não irão recebê-los quando devidos- que o armário não está cheio?

Barry Goldwater acha que podemos.

Ao mesmo tempo, não poderíamos introduzir características que permitiriam um cidadão que pode fazer melhor por conta própria ser dispensado mediante a apresentação de provas de que ele havia feito provisão para os anos que não irá ganhar? Não deveríamos permitir que uma viúva com filhos trabalhasse, sem que perdesse os benefícios supostamente pagos por seu falecido marido? Não deveria nos ser autorizado declarar quem nossos beneficiários desse programa serão, o que não é permitido hoje? Acho que somos a favor de dizer aos nossos cidadãos idosos que a ninguém nesse país deveria ser negado cuidados médicos devido à falta de recursos. Mas eu acho que nós somos contra obrigar todos os cidadãos, independentemente da necessidade, a participar de um programa governamental obrigatório, especialmente quando temos exemplos, como anunciado na semana passada, quando a França admitiu que o seu programa Medicare está falido. Eles chegaram ao fim da estrada.

Além disso, Barry Goldwater foi tão irresponsável quando sugeriu que o governo desista de seu programa de inflação, deliberadamente planejada, de modo que quando você receber a sua pensão da Previdência Social, um dólar comprará um dólar, e não 45 centavos?

Acho que somos a favor de uma organização internacional, onde as nações do mundo podem buscar a paz. Mas eu acho que nós somos contra subordinar os interesses americanos a uma organização que se tornou tão estruturalmente inadequadas, que hoje é possível reunir uma maioria de dois terços do plenário da Assembléia Geral entre as nações que representam menos de 10 por cento da população do mundo. Acho que nós somos contra a hipocrisia de agredir os nossos aliados, porque aqui e ali, eles se agarram a uma colônia, enquanto nos envolvemos em uma conspiração de silêncio e nunca mais abrimos a boca para falar sobre os milhões de pessoas escravizadas nas colônias soviéticas nos países satélites.
Acho que somos a favor de ajudar os nossos aliados, partilhando das nossas bênçãos materiais com as nações que compartilham nossas crenças fundamentais, mas nós somos contra a distribuição de dinheiro de governo para governo, gerando burocracia, se não socialismo, em todo o mundo. Partimos para ajudar 19 países. Nós estamos ajudando 107. Gastamos146 bilhões de dólares. Com esse dinheiro, compramos um iate de 2 milhões de dólares para Haile Selassie. Nós compramos ternos para empresários gregos, esposas extras para oficias do governo do Quênia. Compramos aparelhos de TV para um lugar onde não há eletricidade. Nos últimos seis anos, 52 países compraram 7 bilhões de dólares do nosso ouro, e todos os 52 estão recebendo ajuda externa desse país.
Nenhum governo nunca voluntariamente se reduz de tamanho. Assim, os programas dos governos, uma vez lançados, nunca desaparecerão.
Na verdade, uma agência do governo é a coisa mais próxima da vida eterna que veremos nessa terra.

Funcionários públicos federais - são dois milhões e meio de funcionários federais; e nas esferas federal, estadual e municipal, um de cada seis trabalhadores do país são empregados pelo governo. Esses férteis departamentos com seus milhares de regulamentos nos custaram muitas das nossas garantias constitucionais. Quantos de nós sabemos que hoje os agentes federais podem invadir a propriedade de um homem sem um mandado? Eles podem aplicar uma multa sem uma audiência formal, muito menos sem um julgamento por um júri? E eles podem se apossar de suas propriedades e leiloá-las para forçar o pagamento da multa. No Condado de Chico, no Arkansas, James Wier plantou mais arroz do que sua cota. O governo obteve uma sentença que o multou em 17 mil dólares. E um funcionários do governo dos EUA vendeu sua fazenda de 960 acres em um leilão. O governo disse que era necessário, como um aviso para os outros para fazer o sistema funcionar.
Em 19 de fevereiro passado, na Universidade de Minnesota, Norman Thomas, seis vezes candidato a presidente na chapa do Partido Socialista, disse: "Se Barry Goldwater se tornar presidente, ele iria interromper o avanço do socialismo nos Estados Unidos." Eu acho que é exatamente isso o que ele vai fazer.

Mas, como um ex-democrata, posso lhes dizer Norman Thomas não é o único homem que traçou esse paralelo entre o socialismo e a atual administração, porque em 1936, o Sr. Democrata, Al Smith, o grande americano, veio ante o povo americano e denunciou que a liderança de seu partido estava levando o partido de Jefferson, Jackson, e Cleveland no caminho das bandeiras de Marx, Lênin e Stalin. E ele se afastou de seu partido, e nunca mais voltou até o dia que morreu - porque nos dias de hoje, a liderança daquele partido o tem levado, aquele honrável partido, no mesmo caminho do Partido Socialista da Inglaterra.

Agora não se exige a expropriação ou confisco da propriedade privada ou de negócios para impor o socialismo em um povo. O que significa quer você tenha a escritura - ou o título do seu negócio ou propriedade, se o governo detém o poder de vida e morte sobre esse negócio ou propriedade? E esse maquinário já existe. O governo pode encontrar alguma acusação para trazer abaixo qualquer interesse que escolher para processar. Cada empresário tem seu próprio conto de assédio. Em algum lugar uma perversão aconteceu. Nossos direitos naturais e inalienáveis são consideradas um prolongamento do governo, e a liberdade nunca foi tão frágil, tão perto de escapar das nossas mãos, como nesse momento.

Nossos adversários democratas não parecem dispostos a debater essas questões. Eles querem fazer com que vocês acreditem que esta é uma disputa entre dois homens - que estamos a escolher apenas entre duas personalidades.

Bem, e o que acontecerá com esse homem que eles querem destruir - e na destruição, destruiriam o que ele representa, as ideias que vocês e eu compartilhamos com carinho? Ele é o homem impetuoso, superficial e rápido no gatilho que dizem que ele é? Bem, eu tive o privilégio de conhecê-lo "quando". Eu o conheci muito antes que ele sonhasse em concorrer ao cargo mais alto, e posso lhes dizer pessoalmente que eu nunca tinha conhecido um homem na minha vida que eu acreditava ser incapaz de fazer algo desonesto ou desonroso.

Esse é um homem que, em seu próprio negócio, antes de entrar para a política, instituiu um plano de participação nos lucros antes de os sindicatos cogitarem isso. Ele ofereceu plano de saúde para todos os seus empregados. Ele retirou 50 por cento dos lucros antes dos impostos e criou um programa de aposentadoria, um plano de pensões para todos os seus empregados. Ele enviou cheques mensais por toda a vida para um funcionário que estava doente e não podia trabalhar. Ele providenciou creches para todos os filhos de mães que trabalham nas lojas. Quando o México foi devastado pelas enchentes no Rio Grande, ele subiu no seu avião e levou remédios e suprimentos para lá.

Um ex-soldado me contou como ele o conheceu. Foi uma semana antes do Natal, durante a Guerra da Coréia, e ele estava no aeroporto de Los Angeles tentando conseguir uma carona para o Arizona. E ele disse que [havia] um monte de militares lá e não havia lugares disponíveis no avião. E então veio uma voz pelo alto-falante e disse: "Qualquer homem de uniforme querendo uma carona para o Arizona, vá para a pista tal e tal", e eles foram lá, e lá estava um sujeito chamado Barry Goldwater, sentado no seu avião . Todos os dias naquelas semanas antes do Natal, durante todo o dia, ele carregava o avião, voava para o Arizona, levava-os para suas casas, voava de volta para pegar outra carga.

Durante o calendário agitado de uma campanha, esse é um homem que tirou um tempo para se sentar ao lado de um velha amiga que estava morrendo de câncer. Seus gerentes de campanha foram compreensivelmente impacientes, mas ele disse: "Não restam muitos que se preocupam com o que acontece com ela. Eu gostaria que ela soubesse que eu me importo." Esse é um homem que disse a seu filho de 19 anos de idade, "não há fundamento como a rocha da honestidade e da justiça, e quando você começar a construir sua vida sobre essa rocha, com o cimento da fé em Deus que você tem, então você tem um verdadeiro começo. " Esse não é um homem que enviaria os filhos de outras pessoas para a guerra sem preocupações. E esse é o problema desta campanha que torna todos os outros problemas que temos discutido acadêmicos, a menos que percebamos que estamos em uma guerra que precisa ser vencida.

Aqueles que trocariam nossa liberdade pela sopa dos programas sociais nos disseram que têm uma solução utópica de paz sem vitória. Eles chamam a sua política de "acomodação". E dizem que nós só temos que evitar qualquer confronto direto com o inimigo, que ele esquecerá seus maus caminhos e aprenderá a nos amar. Todos os que se opõem a eles são indiciados como belicistas. Eles dizem que oferecemos respostas simples para problemas complexos. Bem, talvez haja uma resposta simples - não uma resposta fácil - mas simples: Se você e eu temos a coragem de dizer aos nossos oficiais eleitos que queremos que a nossa política nacional seja feita com base no que sabemos em nosso coração ser moralmente correto.

Não podemos comprar a nossa segurança e nossa liberdade sob a ameaça de uma bomba e cometer uma imoralidade tão grande como dizer a um bilhão de seres humanos agora escravizados por trás da Cortina de Ferro, "desistam de seus sonhos de liberdade, porque para salvar nossa própria pele, nós estamos dispostos a fazer um acordo com seus mestres. " Alexander Hamilton disse: "Uma nação que prefere desgraça ao perigo está preparada para um mestre, e merece um". Agora vamos acertar os pontos. Não há nenhuma discussão sobre a escolha entre a paz e a guerra, mas só há uma maneira garantida de se ter paz - e você pode tê-la na próximo segundo - a rendição.

É certo que há um risco em qualquer curso que seguirmos além desse, mas cada lição da história nos diz que o maior risco reside na conciliação, e esse é o espectro que nossos bem-intencionados amigos liberais se recusam a encarar - que a política de acomodação deles é o apaziguamento, e não dá nenhuma escolha entre a paz e a guerra, apenas entre lutar ou render-se. Se continuarmos a nos acomodar, a recuar e bater em retirada, eventualmente nós teremos que encarar a demanda final - o ultimato. E então - quando Nikita Khrushchev disse ao seu povo que sabe o que a nossa resposta vai ser? Ele lhes disse que estamos recuando sob a pressão da Guerra Fria, e, um dia, quando chegar a hora de entregar o ultimato final, nossa rendição será voluntária, pois, quando chegar a hora, nós teremos sido enfraquecidos por dentro, espiritualmente, moralmente e economicamente. Ele acredita nisso porque do nosso lado ouviu vozes pedindo "paz a qualquer preço" ou "melhor vermelho que morto", ou como disse um comentarista, ele preferiria "viver de joelhos do que morrer de pé." E é aí que reside o caminho para a guerra, porque essas vozes não falam pelo resto de nós.

Você e eu sabemos e não acreditamos que a vida seja tão querida e tão doce que a paz possa ser comprada ao preço de correntes e escravidão. Se por nada na vida vale a pena morrer, quando isso começou - apenas em face desse inimigo? Ou Moisés deveria ter dito aos filhos de Israel para viver em escravidão sob os faraós? Cristo deveria ter recusado a cruz? Deveriam os patriotas em Concord Bridge ter jogado as suas armas e se recusado a disparar o tiro ouvido ao redor do mundo? Os mártires da história não foram tolos, e os nossos honrados mortos que deram suas vidas para impedir o avanço do nazismo não morreram em vão. Onde, então, é o caminho para a paz? Bem, é uma resposta simples, afinal.
Você e eu temos a coragem de dizer aos nossos inimigos: "Há um preço que não vamos pagar." "Há um ponto além do qual eles não podem avançar." E este - este é o significado da frase de Barry Goldwater "paz através da força." Winston Churchill disse: "O destino do homem não é medido por cálculos materiais. Quando grandes forças estão em movimento no mundo, nós aprendemos que nós somos espíritos - ...não animais". E ele disse: "Há algo acontecendo no tempo e no espaço, e além do tempo e do espaço, que, gostemos ou não, se chama dever."
Vocês e eu temos um encontro com o destino.

Vamos preservar para nossos filhos isso, a última esperança do homem na Terra, ou vamos sentenciá-los a dar o último passo em mil anos de trevas.
Vamos ter em mente e lembrar que Barry Goldwater tem fé em nós. Ele tem fé que vocês e eu temos a capacidade, a dignidade e o direito de tomar nossas próprias decisões e determinar nosso próprio destino.

Muito Obrigado.

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