30.11.10

Smart Quotes (8)



"Quase não nos ocorre hoje que o socialismo era, de início, francamente autoritário. Os autores que lançaram as bases do socialismo moderno não tinham dúvida de que suas idéias só poderiam ser postas em prática por um forte governo ditatorial. (...) No que se referia à liberdade, os fundadores do socialismo não escondiam suas intenções. Eles consideravam a liberdade de pensamento a origem de todos os males da sociedade do século XIX, e o primeiro dos planejadores modernos, Saint-Simon, chegou a predizer que aqueles que não obedecessem às comissões de planejamento por ele propostas seriam 'tratados como gado'." (Friedrich August von Hayek )

28.11.10

Smart Quotes (7)



"Sou prudente no nome, prudente por princípios e prudente por hábito." (Prudente de Morais)


Foi o primeiro presidente civil do Brasil. No livro " Os Virtuosos" de Luis Felipe d'Ávila, podemos acompanhar a narrativa do importante papel desse estadista na criação e fortalecimento das instituições da recém criada República brasileira. Excelente leitura para inspirar os aspirantes a líderes políticos.

Carta aberta dos bandidos à sociedade



Documento que encontrei no Blog Nota Latina da Graça Salgueiro com as supostas orientações que os traficantes estariam espalhando pelas favelas cariocas. Segundo Graça: "Perceberam o velho marxismo da luta de classes escancarado no texto? Esse é o mesmo “argumento” que as FARC usam quando querem praticar algum atentado terrorista, mesmo que as vítimas sejam pobres camponeses sem eira nem beira ou mesmo pequenos agricultores. Agora, se o presidente do Brasil afirma que as FARC não são terroristas e que devem se tornar “partidos políticos” para chegar ao poder, por que os bandidos tupinikins também não podem? Teriam o aval de Lula para tal empreendimento? Não duvido muito, até porque, no primeiro turno das eleições presidenciais a terrorista teve 65% dos votos válidos dos presidiários! "

27.11.10

Palestra: Coragem de defender a liberdade de opinião, o Estado de direito e as instituições democráticas

Palestra do Reinaldo Azevedo no I Fórum CLP (Centro de Liderança Pública). Reinaldo é autor do Livro "O País dos Petralhas" e escreve no seu blog sobre política dentre otras cositas más. 





Palestra: Coragem Política de Liderar Mudanças Transformadoras

Palestra: "Coragem política de liderar mudanças transformadoras" realizada no 1º Fórum do Centro de Liderança Política. O diretor presidente do CLP fala a respeito da importância da qualidade da liderança pública e do que é necessário para ser um bom líder.
Gostei muito do seu livro " Os Virtuosos" sobre os três primeiros presidentes civis do Brasil. Leitura instigante sobre aquele momento histórico e sobre o papel decisivo desses homens, que tinham por objetivo construir e fortalecer as instituições democráticas.  Para estadistas do porte de Prudente de Moraes, Campos Sales e Rodrigues Alves, a política nunca foi "um instrumento de fazer fortuna pessoal ou de se deliciar com os privilégios do poder".





Smart Quotes (6)



"A República Americana irá durar até o dia em que o Congresso descobrir que pode subornar o povo com dinheiro público."


"A democracia amplia a esfera da liberdade individual, o socialismo a restringe. A democracia atribui a cada homem o valor máximo; o socialismo faz de cada homem um mero agente, um simples número. Democracia e socialismo nada têm em comum exceto uma palavra: igualdade. Mas observe-se a diferença: enquanto a democracia procura a igualdade na liberdade, o socialismo procura a igualdade na repressão e na servidão.


(Alexis de Tocqueville)

Smart Quotes (5)

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade então, chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." (Adrian Rogers)

Fórum da Liberdade em Belo Horizonte

No dia 22 de novembro,  aconteceu em Belo Horizonte a edição mineira do Fórum da Liberdade, evento único no país para discutir o papel do Estado e os caminhos para tornar o Brasil um país mais livre e justo.
Em uma das intervenções iniciais, Felipe Quintana, presidente do IEE (Instituto de Estudos Empresariais), brilhantemente expôs: "Com os bilhões de recursos tirados de todos nós, o Estado, em todos os seus níveis, distribui renda, aumenta seu tamanho e atende infinitas demandas sociais fomentadas por ele próprio. As demandas sociais crescem em virtude de um aumento intencional no discurso de que o Estado deveria prover mais e oferecer mais aos cidadãos. E, aos poucos, os indivíduos passaram a cobrar mais seus supostos direitos - a casa própria, a terra, o emprego. E o Estado passa a ser responsável por tudo isso. Se viola (sic) a propriedade de um para atender ao suposto direito de outro. Ao Estado é muito conveniente que tais demandas sociais sejam reivindicadas e atendidas, pois seus beneficiários são, mais tarde, os futuros eleitores do próprios governos que concedem os benefícios. Tanto é assim que muitos políticos, dias após a eleição já começam a defender o retorno da CPMF".
Disse isso como provocação direta ao governador Antônio Anastasia, um dos políticos que defendeu o retorno da CPMF, que se encontrava no evento e discursou após Felipe Quintana.
Em sua defesa, o governador Anastasia disse: "abandonemos a bobagem de pensarmos ora estado mínimo, ora estado intervencionista. Isso não existe mais, meus amigos. O que existe é o Estado Necessário." O governador está quase certo. No Brasil, não fossem eventos como o Fórum da Liberdade, não existiria discussão verdadeira sobre o papel do Estado, porque todo o espectro político foi ocupado por defensores do intervencionismo, que, no campo econômico, são socialistas. No Brasil praticamente não existe espaço para o discurso de liberais clássicos, minarquistas e anarcocapitalistas. É o espectro de um lado só.
Aqui abaixo vão os vídeos com as intervenções de Felipe Quintana e Anastasia:

21.11.10

Padrão Moral da Folha de São Paulo

Segundo matéria "Comente com moderação" da ombudsman Suzana Singer na Folha de São Paulo de hoje, as regras para envio de comentários de leitores incluem a existência de determinados filtros de palavras. De acordo com o padrão dos valentes, termos como "babaca" e "cafetão" seriam menos ofensivos que a expressão "petralha"(petista + metralha - refência à família de assaltantes personagens da revista do Tio Patinhas), que acredito tenha sido criada pelo blogueiro Reinaldo Azevedo e celebrizada no seu livro "O País dos Petralhas". O uso da expressão petralha implica na rejeição automática do comentário, ao passo que, se o leitor empregar termos como babaca e cafetão, a mensagem passaria por uma moderação feita por um jornalista. Considerando os critérios para escolha dos seus jornalistas e da linha editorial, fosse eu o Reinaldo, ficaria orgulhoso por estar provocando tamanha ojeriza nesses gigantes morais.

Smart Quotes (4)

"Certeza? Nesse mundo nada é certo, a não ser a morte e impostos." (Benjamin Franklin)

Smart Quotes (3)

"Comércio com todas as nações, aliança com nenhuma, esse deveria ser o nosso lema" (Thomas Jefferson)

Olhos esbugalhados e Cloacas dilaceradas

Esse cartum do Dan Collins, que também desenha pra Hustler Magazine, "acidentalmente" apareceu na prova para alunos de primeira série de escolas municipais de uma cidade no Paraná. A ideia era que as crianças fossem capazes de associar a imagem de um fazendeiro cuidando de galinhas a uma casa típica da zona rural. Vemos que problemas, ainda que numa escala humoristicamente bem maior, não ocorrem só no ENEM. Esse "acidente" me lembrou muito o filme Clube da Luta, quando o personagem de Brad Pitt coloca no meio do rolo de um filme infantil uma cena com o Motumbo de arma em riste. Em tempo: todas as crianças acertaram a questão.
(íntegra da reportagem: http://blog.cbncuritiba.com.br/2010/11/19/em-curitiba-prova-para-criancas-insinua-sexo-com-animais/)

Análise crítica

Dando uma rápida lida nos post até 2006 pude chegar a duas conclusões: aprendi a escrever epistemologia e deixei de ser comunista.

Islã: 270 milhões de cadáveres em 1400 anos



Trechos da Entrevista realizada pela Frontpage Magazine a Bill Warner, diretor do Centro para o Estudo do Islã Político (CSPI):


“A luz é uma partícula ou uma onda? As discussões pendiam para um lado e para outro. A mecânica quântica nos deu a resposta. A luz é dual. Ela é tanto uma partícula quanto uma onda. A qualidade que se manifesta depende das circunstâncias. O Islã funciona da mesma maneira.”(...)


“Toda a lógica ocidental está baseada na lei da contradição - se duas coisas se contradizem, então pelo menos uma delas é falsa. Mas a lógica islâmica é dualista; duas coisas podem contradizer uma à outra e ambas serem verdadeiras.”(...)

“Nenhum sistema dualista pode ser medido por uma só resposta. Esta é a razão pela qual as discussões sobre o que constitui o ‘verdadeiro’ Islã prosseguem indefinidamente e nunca são resolvidas. Uma única resposta correta não existe.”(...)

“Sistemas dualistas só podem ser mensurados pela estatística. É inútil argumentar que um só lado do dualismo é verdadeiro. Para usar uma analogia, a mecânica quântica sempre dá uma resposta estatística a todas as perguntas.”(...)

“Como exemplo do uso da estatística, olhe a pergunta: qual é a verdadeira jihad, a jihad da luta interior, espiritual, ou a jihad da guerra? Procuremos a resposta em Bukhari (o Hadith), já que ele fala repetidas vezes da jihad. Em Bukhari, 97% das referências à jihad são sobre guerra e 3% sobre luta interior. A jihad é guerra? Sim - 97%. A Jihad é luta interior? Sim - 3%. Então, quando se escreve um artigo, pode-se argumentar a favor de uma ou outra. Mas na verdade, quase toda discussão sobre o Islã pode ser respondida com: todas as alternativas acima. Ambos os lados da dualidade estão corretos.”

20.11.10

Chico, devolve o Jabuti



Vencedor do prêmio Jabuti de melhor ficção com o livro Leite Derramado, Chico Buarque ficou apenas em segundo na sub-categoria melhor romance. Em primeiro, ficou “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, de Edney Silvestre. Como pode o segundo lugar da subcategoria se transformar, depois, no primeiro lugar da categoria geral? É uma lógica ou malandra ou asinina. Burros, eles não são. Então se trata mesmo de malandragem.

A verdadeira teoria do imperialismo




Trechos do texto "A verdadeira teoria do imperialismo" de Thiago Beserra Gomes:

"Um dos maiores mitos sobre o capitalismo é sua suposta essência imperialista. Diversos autores, seguindo a tradição de Karl Marx, criaram uma teoria onde o processo capitalista implicava numa expansão imperialista. (...)

O capital financeiro seria o grande conspirador da história, coordenando todos as forças religiosas, patriotas e militaristas com via de atingir o objetivo máximo de exploração. O sistema capitalista necessitava expandir-se porque o mercado interno em algum momento tornava-se insuficiente, e a saída era buscar outras fontes de exploração. Como o capitalismo é guiado pela ânsia irracional do lucro, qualquer ação que seja feita nessa via é caracterizada como essencialmente capitalista. E a colonização então foi só mais um aspecto do desenvolvimento do processo capitalista. (...)

(...)o capitalismo é o sistema de organização dos meios de produção em mãos privadas. Ou, usando um termo mais atual, o capitalismo é o estabelecimento da economia de mercado. Isso significa que o capitalismo não é um tipo de governo, e sim um determinado sistema econômico. Claro que isso não quer dizer que a economia de mercado seja compatível com qualquer forma de governo, ou seja, que ela seja independente do regime político. Governos liberais, por sua característica de respeitar os direitos de propriedade, acabando favorecendo o desenvolvimento do capitalismo. Todavia, é importante notar que o processo capitalista acontece entre os agentes privados da economia, e a única ligação que ele possui com o governo é se este último protege ou não as leis de propriedade. E aqui entra outra questão importantíssima do artigo: se no capitalismo é necessário que se respeite as leis de propriedade, então o que falar das ações violentas do governo, mesmo quando usada em prol de algum capitalista? Aqui entramos numa diferenciação analítica: se um capitalista utiliza sua influência política para fazer com que o governo domine determinada região para que ele possa explorá-la, isso não significa que essa ação está embutida no processo capitalista, ela é apenas uma atitude imperialista. Ou seja, a função analítica de capitalista é diferente da de imperialista. O capitalista é o indivíduo que possui a propriedade dos meios de produção. O imperialista é o que usa da violência para conquistar territórios alheios. Então é condição necessária que o imperialista agrida os direitos de propriedade alheios para conseguir conquistar novas áreas. E se o direito de propriedade é a base econômica do capitalismo, como um curso de ação que agrida esse direito pode ser considerado parte do processo capitalista? Isso significa que os imperialistas não eram imperialistas porque eram capitalistas. Os imperialistas existiam porque o governo intervencionista existia para ser cúmplice nos seus crimes.

(...)Uma verdadeira teoria do imperialismo tem que se pautar na origem desse tipo de ação violenta: roubar a propriedade alheia para si. Ou seja, o imperialismo é apenas uma parte da teoria do intervencionismo. É a junção de governo com empresários que resolvem não competir apenas no mercado, mas também obter renda roubando. Então a teoria do imperialismo tem o seguinte formato: foge de explicações de processo de mercado capitalista, ou seja, com produção e trocas voluntárias, e cai na análise política de explorar outros países pelo roubo. A renda obtida ao vender produto no mercado é diferente daquela obtida com conquistas imperialistas.

Agora que sabemos a real natureza do imperialismo, cabe perguntar: então o que representa o imperialismo como ação do governo? A planificação estatal máxima nas relações internacionais. O governo toma para si o direito de subjugar outros povos e estabelecer seu poder como legítimo em novos territórios. E isso só é possível se o governo não respeita os direitos de propriedade. Os regimes socialistas são imperialistas por natureza, e o maior exemplo foi a União Soviética, que usou do poder militar para implantar a planificação estatal em vários países. Contudo, países intervencionistas ou de economias mistas também podem ser imperialistas. Os EUA são mais liberais que outros países em vários aspectos, mas possuem uma política externa imperialista, com poder militar em todo o mundo. O capitalismo, ou economia de mercado, é apenas uma forma de organização econômica dos meios de produção, as ações imperialistas devem ser estudadas à luz de um processo de intervenção estatal, pois representam um processo de roubo de renda alheia, ou seja, de agressão aos direitos de propriedade."

O Conceito de Neoliberalismo




Trechos do texto "O Conceito de Neoliberalismo" de Thiago Beserra Gomes

1. Um conceito marxista


Neoliberalismo sempre foi um conceito confuso. Em quase todas as situações é citado de forma negativa: trata-se de um mau sistema. Isso ocorre porque o neoliberalismo é visto como representação ideológica máxima do capitalismo. E o sistema capitalista é dividido em duas classes: capitalistas e explorados. Os primeiros exploram os segundos através da mais-valia. Essa linha de pensamento é tipicamente marxista. O neoliberalismo então implica no livre mercado: desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social, desregulamentação de mercados, proteção da propriedade capitalista, entre outras ações. E o governo cuidando das pessoas é uma forma de amenizar o mal que o sistema capitalista causa nas pessoas.
Se aceitarmos tais termos estamos caindo num debate claramente marxista. E aceitar o marxismo é cair numa discussão apenas ideológica. Apesar de já estar provado por vários autores que existe uma ciência positiva e outra normativa, os marxistas insistem em atribuir conteúdo ideológico em tudo. É fácil entender isso, porque o próprio marxismo nasceu assim. Caso os marxistas rejeitem a ideologia em outras escolas econômicas, estariam negando sua própria base. Então esse caminho é impossível. Ludwig von Mises e Friedrich von Hayek provaram que a economia planificada, ou marxismo, é impossível. Mises vai além e diz que Karl Marx confundiu classe com casta.

Para Marx, a sociedade é composta por classes separadas, e as que estão no poder não permitem mobilidade. Mises demonstrou que no capitalismo não existem castas econômicas: os que conseguirem atingir a demanda das massas ganharão dinheiro, não importando sua origem ou escolhas pessoais.


2. O programa político: Consenso de Washington

Em 1990, John Williamson publica What Washington Means by Policy Reform, artigo que daria origem ao Consenso de Washington. O artigo contém dez propostas para a América Latina que tinham dado certo em outros países. As propostas consistiam numa tentativa de modernização do Estado visando substituir o de Bem-Estar. Defendia-se o equilíbrio fiscal e a prioridade na eficiência nos gastos públicos. Ou seja, seria saudável se os países não mais incorressem em altos déficits. Também era preciso visar a eficiência dos gastos públicos, não necessariamente diminuindo-os, mas criando uma máquina burocrática mais limpa e que atendesse os anseios dos cidadãos. Uma reforma tributária também seria necessária, pois altos impostos indiretos acabam pesando mais no bolso do pobre, e a base do imposto de renda deveria ser ampla com alíquotas marginais reduzidas.

A taxa de juros e a de câmbio deveriam, segundo o CW, ser estabelecidas pelo mercado, e não controlada pelo governo. Os direitos de propriedade também deveriam ser amplamente defendidos pelos governos, pois sua fraqueza jurídica afasta investimentos. Na América Latina da década de 80 os setores da economia eram amplamente cartelizados e existiam diversas estatais. Assim, o CW propôs que se privatizassem estatais ineficientes (não necessariamente todas) e que se desregulamentassem os setores privilegiados, pois tal estado inibia a concorrência. Para finalizar, o país deveria abrir seu mercado para o Investimento Estrangeiro Direto. (...)


4. Debate teórico: uma refutação

(...) A primeira parte das propostas trata da busca de eficiência do estado através do equilíbrio fiscal, melhor gasto público e reforma tributária. Essa também é a parte mais fácil de esclarecer: são todas medidas de arranjo governamental, ou seja, de controle de mercado. Então, essas propostas vão de encontro à economia de mercado, não a favor. O CW também defende reformas tímidas sobre a privatização e desregulamentação, pois uma visão de mercado defenderia simplesmente a extinção das estatais e todo tipo de regulamentação governamental.
A taxa de juros e de câmbio, a princípio, parece ser dois pontos de paz entre a economia de mercado e o CW.

Entretanto, um olhar mais cuidadoso nos trabalhos de Mises e Hayek revela o que seria um sistema financeiro de mercado: bancos privados emitindo moeda. Ou seja, num sistema financeiro de mercado não existiria banco central. Mais uma vez, o CW não defende a economia de mercado. A defesa dos direitos de propriedade e a abertura aos investimentos estrangeiros parecem ser o único ponto de comum acordo entre o CW e uma economia de mercado.

O debate aqui não é tentar descobrir se um arranjo só com instituições de mercado é bom ou possível, e sim que o CW não defende tal idéia. O correto significado dos conceitos é um pressuposto importante para qualquer debate e, infelizmente, na atualidade se tem usado o termo "neoliberalismo" associado ao livre mercado com intensa irresponsabilidade.

5. Evidência empírica: uma refutação

(...) Como se sabe, até a década de 1980, era lugar-comum que o Estado de Bem-Estar Social era superior. Nessa década, essa idéia (na política prática, na teórica já era questionada) começou a perder força e líderes como Reagan e Thatcher desregulamentaram alguns mercados em seus países. Na década de 1990, no Brasil, Collor iniciou o programa de desestatização, onde, entre outras coisas, algumas empresas estatais seriam passadas para a iniciativa privada. Inclusive, Collor também é acusado de neoliberal, apesar de ter confiscado a poupança de toda a nação. Algumas outras inovações também foram trazidas: como a tentativa de se alcançar um equilíbrio fiscal, o estabelecimento de metas inflacionárias, independência do banco central, abertura do mercado financeiro etc. Com certeza foi uma mudança forte na política econômica. E quem mais a aprofundou foi FHC. E por isso ele é acusado de neoliberal. Aqui entra a parte mais interessante do artigo: o presidente-sociológo aumentou impostos, gastos públicos, criou 10 agências reguladoras, privatizou 8 empresas com participação do Estado (!) e grupos com influência política (fundos de pensão) e no começo do governo fixou o câmbio. Mesmo assim, é taxado de pró-mercado. Tem mais: segundo o índice de liberdade do Fraser Institute as leis de propriedade privada pioraram no Brasil na época de FHC. A área que mais teve melhora em relação à desregulamentação foi o mercado financeiro.

Durante a década de 90 o Brasil se tornou mais livre em relação à década de 80. Contudo, os índices de liberdade (tanto o do Fraser Institute como o da Heritage Foundation) mostram que o país passou longe de alguma reforma pelo livre mercado, se mantendo numa das economias mais intervencionistas do mundo. Não é preciso estudar o índice de todos os anos do Brasil (como o autor do presente artigo fez), basta apenas ler os feitos de FHC no parágrafo anterior e raciocinar se isso tem alguma relação com o livre mercado.

Então, dizer que FHC foi pró-mercado por privatizar algumas estatais é puro desconhecimento dos dados. É falta de estudo e necessidade de repetir jargões da esquerda. O que houve na verdade foi uma mudança no modelo de intervenção, mais leve, na verdade. E isso irritou os pensadores radicais pró-estado. E, para eles, a saída foi acusar os neo-intervencionistas (como Collor e FHC) de serem entreguistas. É isso o que acontece quando se mistura o debate acadêmico com o debate político: falácias, mentiras, manipulações e jogos sujos. Essa é a essência da política, e ela contaminou o debate nas academias.

6. Novo Intervencionismo

O leitor pode indagar que no artigo apenas tentou-se demonstrar que o termo neo-intervencionismo é mais correto que neoliberalismo. Todavia, a questão vai além. Quando se associa o liberalismo de alguma forma às propostas do CW ou do livre mercado, está se cometendo uma falácia, pois de nenhuma forma as ditas propostas (no conjunto, como vimos) neoliberais representam propostas de uma economia de mercado. Então a questão é mais profunda que pura lingüística. É questão de não cometer erros conceituais na investigação sobre o grau de intervenção e liberdade na economia. Neoliberalismo não existe. O Consenso de Washington possui propostas neo-intervencionistas. Os países que reformaram sua política econômica nos anos 1990 buscaram o neo-intervencionismo. O período pelo qual passamos na década passada e continuamos até hoje pode se chamar a Era do Novo Intervencionismo.

Podcast do Olavo de Carvalho 15/11/10

Smart Quotes (2)



 "A democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras já tentadas." (Winston Churchill)

Métodos de alfabetização


Texto para entender os fundamentos do analfabetismo funcional no Brasil:

"(...)Não existe no Brasil, há pelo menos 25 anos, curso de Pedagogia ou Letras que ensine o que é e como se aplica a instrução fônica na alfabetização. Pelo contrário. Quando se fala hoje em instrução fônica pensa-se no ba-be-bi-bo-bu. Isso é apresentado como contra-exemplo, há quase 30 anos, em todas as Faculdades de Educação e Letras do país. Mas não é instrução fônica.
É de doer a desinformação científica revelada nas reportagens e cartas veiculadas ultimamente pelo Jornal Folha de São Paulo na cobertura do “debate” sobre alfabetização. Quando é coisa de jornalistas e leitores, menos mal. Mas quando é coisa de doutores em educação, inclusive de altos dirigentes da universidade e da educação nacional, é grave.
Levantamentos parciais indicam que a instrução fônica (desenvolvimento de consciência fonêmica e ensino explícito e sistemático do princípio alfabético), como meio de quebrar o código alfabético, está ausente da formação de educadores há décadas no Brasil.
Ora, a consciência fonêmica e o domínio do princípio alfabético são, segundo amplo consenso entre pesquisadores de todo o mundo, os fatores com maior capacidade de predição do sucesso na alfabetização em todas as língua alfabéticas.
Há evidências científicas suficientemente acumuladas de que o desenvolvimento da consciência fonológica trás benefícios inclusive para o aprendizado de leitura em língua cujo sistema de escrita é logográfico ou morfo-silábico, como o chinês, silábico, como o kanji japonês, ou alfabético como o hangul coreano, conforme mostra Charle Perfetti, pesquisador do LRDC – Learning Research Development Center, na University of Pittsburgh e do CNBC – Center for Neural Basis of Cognition, além de Ying Liu e Julie Fiez, também do LRDC, e Li-Hai Tan, da Hong Kong University."
"(...)Vamos ver até quando o Brasil vai ser enganado por pedagogias ineficazes. Até quando a sociedade vai tolerar esse crime de lesa-pátria?
A escola brasileira em geral não sabe mais ensinar a ler. O país joga uma montanha de dinheiro fora. Enquanto não reaprendem a ensinar crianças a ler, vão aumentando o número de dias letivos, fazer Ensino Fundamental de 9 anos, escola de tempo integral. Mais aula e mais tempo de permanência numa escola ineficaz para ensinar a ler significa mais dinheiro malbaratado. E a sociedade inchará ainda mais com gente que desiste da escola, que não encontra nela nenhum valor e utilidade social pelos quais valha a pena lá permanecer.
No início de tudo está o fracasso na alfabetização.
É o Efeito Mateus.
Um Ministro que sabe disso e não toma atitudes imediatas não me parece corajoso."

Crise econômica ou Ayn Rand Quotes (4)


“Um dos métodos usados pelos estatistas para destruir o capitalismo consiste em estabelecer controles que deixam uma dada indústria de mãos e pés atados, tornando-os incapazes de resolver seus problemas e , então, declarar que a liberdade falhou e que controles mais rígidos são necessários". (Ayn Rand)

A confusão da "saúde pública"

Trecho do texto"The ‘Public Health’ Confusion Again" de David Boaz:



Mortes com motocicletas não são um problema de saúde pública. Se o motoqueiro A não usa um capacete, isso não tem impacto no ciclista B. Dirigir uma motocicleta sem capacete pode não ser uma boa ideia, mas é um problema individual e não contagioso.

Por que eles odeiam o mercado


Trechos do texto " Por que eles odeiam o mercado" de Art Carden:



"Durante a maior parte da história mundial, a diferença entre ricos e pobres era a diferença entre aqueles que comiam e aqueles que morriam de fome. Na economias de mercado atuais, a diferença entre os super ricos e os pobres é a diferença entre aquele que dirige um Dodge Viper e aquele que dirige um Chevrolet da década de 1980."



"As empresas de grande porte, alvo dos mais fanáticos ataques desfechados pelos pretensos esquerdistas, produzem quase exclusivamente para suprir a carência das massas.(...) E, hoje, os empregados das grandes fábricas são, eles próprios, os maiores consumidores dos produtos que nelas se fabricam."



Enfim: "os radicais que protestam tão veementemente contra o funcionamento do livre mercado raramente percebem que estão defendendo o fim da única instituição que pode aprimorar o padrão de vida das pessoas".


Dia da Consciência Negra ou Ayn Rand Quotes (3)



"Atualmente, racismo é considerado um crime, se praticado por uma maioria - mas um direito inalienável se praticado por uma minoria. A noção de que uma cultura é superior a todas as outras porque representa as tradições dos seus ancestrais é considerada chauvinismo‎ se proclamada por uma maioria - mas como orgulho 'étnico' se proclamada pela minoria. " (Ayn Rand )

Medicina: a morte de uma profissão


Trecho da Palestra "Medicina: a morte de uma profissão" ministrada pelo professor Leonard Peikoff em 14 de Abril de 1985 no Ford Hall Forum em Boston:


"Tecnologia, por si mesma, não aumenta custos; na verdade, geralmente há redução de custos à medida que há melhora na qualidade de vida. O padrão normal, como exemplificado pela indústria automotiva e de computação é: uma nova invenção é cara a princípio, de modo que apenas uma minoria pode pagar por ela. Mas os inventores e homens de negócio perseveram, objetivando os lucros que advém do mercado de massa. Eventualmente descobrem métodos melhores e mais baratos de produção. Gradualmente os custos caem até que a população em geral tenha condições de comprar. Ninguém vai a bancarrota, todos ganham.

O que leva as contas públicas à falência não é a tecnologia, mas a tecnologia introduzida em um campo por decreto do governo, separada do sistema de oferta e demanda. É isso que ocorre na medicina atualmente. Tratamentos médicos de ponta - incluindo novas invenções e procedimentos que ainda têm custo proibitivo, como transplante de fígado e hemodiálise - são financiados pelo governo para toda a população em nome da igualdade. O resultado são os gastos inacreditáveis que são feitos rotineiramente nos nossos hospitais, bem além da capacidade da maioria das pessoas. Esses gastos são particularmente evidentes no tocante aos doentes terminais, que quase sempre são cobertos por um programa de seguros apoiado pelo governo. Atualmente é estimado que 1% do PIB é gasto com pacientes terminais nas últimas semanas de vida. Vocões ouviram isso? Ou, enxergando de outra maneira: metade do gasto com saúde de um indivíduo em toda sua vida ocorre nos últimos 6 meses de sua vida.
Em uma sociedade livre, você mesmo seria responsável pela escolha: você quer reduzir seu consumo, cancelar suas férias, adiar prazeres ano após ano, de maneira a estender sua vida por algum meses em um CTI? Se você desejar isso, dentro do Capitalismo, ninguém iria interferir. Você poderia esbanjar todo seu dinheiro e ter uma gloriosa passagem pelo hospital enquanto morre. Eu não gostaria de fazer isso. Não me incomoda que um bilionário qualquer possa viver meses a mais que eu, usando um maquinário que eu nem poderia começar a pagar. Eu preferiria viver dentro dos meus padrões, aproveitar a vida e morrer um pouco antes. Mas em uma sociedade livre você não está atrelado à minha decisão; cada homem faz e financia suas próprias escolhas. O princípio moral aqui é claro: um homem tem o direito de agir para sustentar sua vida, mas não tem o direito de explorar os outros neste processo. Se ele não pode custear uma cura de ficção científica, ele deve aprender a aceitar os fatos da realidade e fazer o melhor possível.
De fato, em uma sociedade livre, os poucos que poderiam pagar pelas descobertas caras levariam, por um mecanismo normal, a ajudar a baratear os custos. Gradualmente mais e mais de nós poderiam pagar por mais e mais dessa nova tecnologia e não haveria crise nos custos da saúde. Todos iriam se beneficiar, ninguém seria explorado. Os doentes terminais não estariam roubando todos os outros de suas vidas, como está acontecendo agora, graças à intervenção do governo; os idosos não estariam devorando a substância dos jovens."

Ayn Rand Quotes (2)




‎"A maioria dos votos não é uma validação epistemológica de uma ideia. O voto é meramente um dispositivo político apropriado - dentro de uma esfera de ação constitucionalmente delimitada e restrita - para escolher os meios práticos de implementação de princípios básicos da sociedade. Mas esses princípios não são determinados pelo voto" ( Ayn Rand )

Smart Quotes




‎"Eu não era comunista. Era apenas idiota." (Humphrey Bogart)

Ayn Rand Quotes


Não é justiça ou tratamento igual que você concede aos homens quando se abstém de admirar suas virtudes e condenar seus vícios. Quando sua atitude imparcial declara, com efeito, que nem o bem nem o mal podem esperar nada de você -- qual deles você trai e qual você encoraja? (Ayn Rand)

Alien Vs Predador

It´s payback time!

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