15.2.11

Lição do mestre Zen

A dita revolução espontânea dos jovens egípcios contra o ditador Mubarak me lembrou de uma cena do filme Charlie Wilson's War (Jogos do Poder).


O diálogo sobre o mestre Zen é o seguinte: 
Gust Avrakotos: Havia um garoto que, no seu aniversário de 14 anos, ganhou um cavalo... e todo mundo na vila disse. "que maravilha. O garoto ganhou um cavalo" e o mestre Zen disse, "veremos". Dois anos depois, o garoto cai do cavalo, quebra sua perna, e todos na vila dizem, "Que terrível". E o mestre Zen disse, "veremos". Então, uma guerra se inicia e todos os homens jovens da vila tiveram de se alistar e lutar... exceto o garoto, que não poderia porque sua perna estava quebrada. E todos na vila dizem, "que maravilha".
Charlie Wilson: Agora o mestre Zen diz, "veremos".

Torço para que se instale uma democracia com instituições sólidas no Egito, que proteja as liberdades e os direitos individuais dos cidadãos daquele país. Mas sabendo que a maioria da população egípcia é a favor da pena de morte para aqueles que abandonem a religião muçulmana; é a favor da pena de amputação das mãos daqueles presos roubando; a favor do apedrejamento das mulheres infieis, temo pelo futuro dessa nova "Democracia". Além disso, o grupo mais bem organizado e que terá mais condições de se projetar no poder é a Irmandade Muçulmana, apoiadora de grupos terroristas, como o Hamas, e a favor da destruição do Estado de Israel. Democracia sem instituições sólidas para garantir os direitos das minorias é simplesmente o comando do bando, uma espécie de despotismo da massa, a opressão do grupo que tem mais membros sobre os grupos menores. Veremos...

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